quarta-feira, 28 de abril de 2010

TOC - TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

TOC





Transtorno Obsessivo-compulsivo, é a repetição de algum ato diversas vezes ao dia, não controlável e causador de grande ansiedade.

Freud revelou,em sua teoria sobre as neuroses, uma característica fundamental na neurose obsessiva; o seu vinculo estrutural com o sentimento de culpa. Através das referências nas representações e afetos atuais, das experiências precoces geradoras de prazer, o sujeito se vê invadido por recriminações, com as quais Freud chega a identificar-se com a idéia obsedante em si mesma, isto é recriminação, que o obsessivo faz a si mesmo, ao reviver o gozo sexual que antecipava a experiência ativa de outrora.


Freud também nos diz que o obsessivo crê na representação recalcada. Este fenômeno da crença (Glauben) ou descrença (Unglauben) na representação vai ser, aliás, de extrema importância no estabelecimento do diagnóstico diferencial entre a neurose obsessiva e a paranóia que é uma psicose. Fiquemos por ora com a neurose obsessiva: o sujeito crê na auto-recriminação, crê na representação recalcada, e é esta crença que o permite duvidar. A dúvida, que Descartes elevou à dignidade de um método filosófico, não é apenas um sintoma da neurose obsessiva. É também uma defesa contra a angústia, contra o afeto que se desloca de uma representação a outra.


Para falar da política da neurose obsessiva, Lacan lança mão de um mito apresentado por Hegel na Fenomenologia do espírito. Tentarei fazer um resumo, necessariamente precário, dado à complexidade e importância da obra de Hegel, do mito em questão, para tentarmos apreender a política do sujeito obsessivo. Hegel propõe um mito da origem do pensamento humano: dois sujeitos se confronta numa rivalidade especular, imaginária e portanto tingida de amor e ódio.


São sujeitos do desejo: cada um deseja que o outro o reconheça como uma “consciência de si”; são portanto animados pelo desejo consciente de reconhecimento. No embate, um deles abre mão do gozo da vida em prol da vitória, que lhe garantiria a liberdade. O outro, temeroso, não abre mão do gozo da vida e, assim sendo, perde a liberdade. É uma disputa sem vencedores e vencidos, pois o primeiro, o mestre, ganha a contenda mas passa a depender do outro, o escravo perdedor, para gozar a vida. O escravo, que é aparentemente o derrotado, detém os meios de fazer gozar o mestre.


A obsessão é para o paciente uma tábua de salvação, pois constitui um obstáculo aos seus impulsos, o neurótico se agarra a ela, sente que a obsessão o protege contra as tendências inconscientes.


"No Mal Estar da Civilização" Freud comenta que na neurose obsessiva há tipos de pacientes que não se dão conta de seu sentimento de culpa ou apenas o sentem com um mal estar atormentador, uma espécie de ansiedade, se impedidos de praticar certas ações. Ele nos mostra que o sentimento de culpa nada mais é do que, uma variedade topográfica da ansiedade, em suas fases posteriores coincide completamente com o medo do super ego, isto é, a severidade da consciência, a percepção que o ego tem de estar sendo vigiado, desta maneira, a avaliação da tensão entre os seus próprios esforços e as exigências do super ego.


Em alguns casos clínicos de Freud ele fala desse sentimento de culpa inconsciente relacionado à medida que há um desmembramento dessas manifestações recalcadas há a possibilidade do terapeuta estar mais próximo dos conteúdos representacionais e ter uma visão mais clara do processo que obrigou o paciente a entrar no quadro das neuroses.


Obsessões são pensamentos, imagens, impulsos, que ocorrem de modo repetitivo, intrusivo, usualmente associados com ansiedade, que a pessoa não consegue controlar, apesar de reconhecer seu caráter anormal. Compulsões são atos ou comportamentos, recorrentes e repetitivos, que o paciente é forçado a realizar, sob pena de entrar em um estado de acentuada ansiedade.


As compulsões costumam se elaborar em rituais com atos relacionados com limpeza, verificação, contagem. O paciente toma dez, trinta banhos por dia, de acordo com um esquema predeterminado. Lava as mãos toda vez que se encosta a certo tipo de objeto. Conta às cadeiras de um cinema para se sentar, exatamente em determinada posição. Certificam-se, inúmeras vezes, de que não deixou uma porta aberta. As obsessões e as compulsões surgem, ou tornam-se evidentes, no início da vida adulta.


Tendem a piorar com a evolução da doença e a ocupar uma parcela cada vez maior do tempo do indivíduo. O grau de incapacitação é sempre considerável e pode atingir extremos quando o paciente torna-se virtualmente paralisado pelos sintomas, incapaz até de levar um garfo até a boca.





TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

O MAL DA ATUALIDADE QUE AFETA INUMERAS PESSOAS...













O individuo tem ataques de ansiedade antes ou depois de realizar algo, ou muitas vezes sem realiza-lo. É comum em pequena escala na maioria das pessoas, porém seu excesso é denominado como patológico.




A ansiedade é caracterizada por sentimentos subjetivos de antecipação, temor ou apreensão, ou por um senso de desastre eminente ou morte, associados à vários graus de excitação autonômica e reatividade. Como a dor física, ansiedade leva a alterações de comportamento, exercendo também um papel importante no aprendizado e adaptação. Entretanto a ansiedade severa pode desencadear um funcionamento desadapitado e perturbações psicológicas. A ansiedade tem dois componentes, um psicológico, outro somático.



A ansiedade é um sentimento desagradável, vago, indefinido, que pode vir acompanhado de sensações como frio no estômago, aperto no peito, coração acelerado, tremores e podendo haver também sensação de falta de ar. É um sinal de alerta, que faz com que a pessoa possa se defender e proteger de ameaças, sendo uma reação natural e necessária para a auto preservação. Não é um estado normal, mas é uma reação normal, esperada em determinadas situações. As reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais, esperadas e auto limitadas.








A ansiedade patológica, por outro lado caracteriza-se por ter uma duração e intensidade maior que o esperado pra a situação, e além de não ajudar a enfrentar um fator estressor, ela dificulta e atrapalha a reação. O transtorno de ansiedade generalizada costuma ser uma doença crônica, com curtos períodos de remissão e importante causa de sofrimento durante vários anos.



É uma preocupação exagerada que pode abranger diversos eventos ou atividades da vida da pessoa e pode vir acompanhado de sintomas como irritabilidade, tensões musculares, perturbações no sono, entre outros. Costuma causar um comprometimento significativo no funcionamento social ou ocupacional da pessoa, podendo gerar um acentuado sofrimento.




A pessoa pode sentir tremores, inquietação, dor de cabeça, falta de ar, suor em excesso, palpitações, problemas gastro-intestinais, irritabilidade e facilidade em alterar-se. Esses sintomas podem ocorrer na maioria dos dias por pelo menos seis meses. É muito difícil controlar a preocupação, o que pode gerar um esgotamento na saúde física e mental do indivíduo.




Como os sintomas podem ser os mais diversos e vários aspectos podem estar comprometidos, o trabalho inicial do médico está em excluir outras doenças que possam ter sintomas semelhantes ao transtorno de ansiedade generalizada. Para tanto, alguns exames clínicos podem ser necessários, sendo que mais importante do que isso é o relato detalhado de informações do paciente.



O especialista utiliza técnicas psicoterápicas de apoio. Muitas vezes faz-se necessário o uso de medicação (antidepressivos e/ou ansiolíticos) por um determinado período. A maioria das pessoas experimenta uma acentuada redução da ansiedade quando lhes é oferecida à oportunidade de discutir suas dificuldades com um profissional experiente.



A excitação fóbica tanto no Transtorno de Pânico quanto no Transtorno de Ansiedade Social costuma ser vencida somente de modo gradual, na medida em que o paciente passa a enfrentar situações que evitava. Nesse processo, o médico pode trabalhar com o paciente estabelecendo, por exemplo, uma lista de situações a serem enfrentadas, hierarquizadas de acordo com o nível de dificuldade. Os pacientes precisam ser educados sobre os efeitos dos medicamentos, especialmente os indesejáveis. Deve ser explicado que os medicamentos demoram semanas para induzir os efeitos terapêuticos, ao contrário dos indesejáveis, que surgem depois do primeiro comprimido.



Os estudos de seguimento em longo prazo de todos os Transtornos de Ansiedade foram, predominantemente, naturalísticos, abertos e não-controlados. Mostram que a evolução desses Transtornos não é uniforme e com subgrupos diferentes de pacientes. Os pacientes podem ser divididos em três subgrupos quanto à evolução: crônica, episódica ou quadro agudo seguido de remissão.



A conclusão prática para o médico quanto ao tratamento de manutenção dos Transtornos de Ansiedade seria a de que períodos de cerca de seis meses de tratamento farmacológico estariam indicados para a maioria dos casos. Em muitos casos, o tratamento farmacológico é mantido por períodos muito longos de anos por motivos como a resolução apenas parcial da sintomatologia ou pioras nítidas quando a dose do medicamento começa a ser diminuída.




Algumas manifestações Periféricas de Ansiedade, mas comuns são, diarréia, tonturas, hiperidrose, hiper-reflexia, hipertensão, palpitações, midríase pupilar, inquietação, síncope, taquicardia, formigamento nas extremidades, tremores, estômago perturbado, freqüência hesitação, urgência urinária.

FOBIAS




CASO VOCÊ SE IDENTIFIQUE COM O QUE ESTA ESCRITO , OU CONHECE ALGUÉM, PROCURE AJUDA, NÃO DEIXE PASSAR, POIS O PROBLEMA PODERÁ SE AGRAVAR E SOMENTE COM A TERAPIA NÃO TERÁ EXITO.












FOBIA É o medo a alguma situação. Pode ser medo de ambientes fechados (claustrofobia), medo de água (hidrofobia), medo de pessoas (sociofobia), etc...







A sintomatologia da agorafobia torna-se mais complicada pelo fato de que o ego não se limita a fazer uma renúncia. A fim de furtar-se a uma situação de perigo, faz mais: em geral efetua uma regressão à infância, Tal regressão torna-se agora uma condição cuja realização isenta o ego de fazer sua renúncia. Por exemplo, um paciente agorafóbico pode ser capaz de caminhar na rua contando que esteja acompanhado, como uma criancinha, por alguém que ele conhece e em quem confia; ou pelo mesmo motivo, poderá ser capaz de sair sozinho, contanto que permaneça uma certa distância se sua própria casa e não vá a lugares que não lhe sejam familiares ou onde as pessoas não o conheçam. A fobia de estar sozinho não é ambígua em seu significado, independentemente de qualquer repressão infantil: ela é, em última análise um esforço para evitar a tentação de entregar-se aa masturbação solitária. A regressão infantil naturalmente só pode ocorrer quando o individuo não é mais uma criança.







Uma fobia geralmente se estabelece após o primeiro ataque de ansiedade ter sido experimentado em circunstâncias especificas, tais como na rua, em um trem ou em solidão. A partir desse ponto, a ansiedade é mantida em interdição pela fobia, mas ressurge sempre que a condição não pode ser realizada. O mecanismo de fobia presta bons serviços como meio de defesa e tende a ser muito estável. Uma continuação da luta defensiva, sob a forma de uma luta contra o sintoma, ocorre com freqüência, mas não invariavelmente. O tratamento mais indicado é a psicoterapia.







Comportamental - A exposição controlada e progressiva ao objeto fóbico. Neste caso através de técnicas de relaxamento e controle da ansiedade procura-se dessensibilizar o indivíduo.






Cognitivo - Ajuda-se a reestruturar os pensamentos anômalos. Este objetivo é conseguido também através da aquisição de informação sobre o objeto ou a situação fóbica.






Psicodinâmico - Busca o entendimento e elaboração do(s) significados simbólicos do sofrimento e dos sintomas desenvolvidos, bem como, a elucidação dos ganhos secundários desses.







Seis em cada dez pessoas com fobias conseguem se lembrar da primeira vez que a crise de medo aconteceu pela primeira vez, quando as sensações de pânico ficaram ligadas ao local ou situação em que a crise ocorreu. Para essas pessoas, há uma ligação muito clara entre o objeto e a sensação de medo. Por exemplo, uma pessoa tem uma crise de pânico ao dirigir, e a partir desse dia passa a evitar dirigir desacompanhada, com temor de passar mal e não ter ninguém por perto para auxiliá-la. E talvez esse temor se expanda para um local aonde a saída seja difícil em caso de "passar mal", como cinemas e teatros. Surgiu assim uma agorafobia, um medo generalizado a "passar mal" e não ter como escapar ou receber auxílio.







Uma outra pessoa, por exemplo, pode ter tido uma experiência traumática de um acidente de carro, e a partir desse dia não querer mais andar de carro, desenvolvendo uma fobia especifica a carros; Perceba que o medo de andar de carro é igual, mas a origem, e na verdade, o próprio medo é fundamentalmente diferente. No primeiro caso, o que se evita é ficar numa situação em que o socorro possa ser complicado, e no segundo caso, o que se evita é o carro em si mesmo.
Mas por qual motivo uma pessoa desenvolve uma fobia? E ainda, por quais razões algumas fobias são mais comuns que outras? Vários neurocientistas acreditam que fatores biológicos estejam francamente ligados. Por exemplo, encontrou-se um aumento do fluxo sangüíneo e maior metabolismo no lado direito do cérebro em pacientes fóbicos. E já foi constatado caso de gêmeos idêntico educados separadamente que desenvolveram um mesmo tipo de fobia, apesar de viverem e serem educados em locais diferentes.






Também parece que humanos nascem preparados biologicamente para adquirir medo de certos animais e situações, como ratos, animais peçonhentos ou de aparência asquerosa (como sapos, lesmas ou baratas). Numa experiência clássica, Martin Seligman associava um estímulo aversivo (um pequeno choque) a certas imagens. Dois ou quatro choques eram suficientes para criar uma fobia a figuras de aranha ou cobra, e muitas mais exposições eram necessárias para uma figura de flor, por exemplo.










A provável explicação é que esses temores foram importantes para a sobrevivência da espécie humana há milênios, e ao que parece trazemos essa informação muitas vezes adormecida mas que pode ser despertada a qualquer momento.







Outra razão para o desenvolvimento das fobias pode ser o fato de que associamos perigo a coisas ou situações que não podemos prever ou controlar, como um raio numa tempestade ou o ataque de um animal. Nesse sentido, pacientes com quadro clínico de transtorno de pânico acabam desenvolvendo fobia a suas próprias crises, e em conseqüência evitando lugares ou situações que possam se sentir embaraçados ou que não possam contar com ajuda imediata. E por fim, há clara influência social. Por exemplo, um tipo de fobia chamada taijin kyofusho é comum apenas no Japão. Ao contrário da fobia social (em que o paciente sente medo de ser ele mesmo humilhado ou desconsiderado em situação social) tão comum no ocidente, o taijin kyofusho é o medo de ofender as outras pessoas por excesso de modéstia e consideração. O paciente tem medo que seu comportamento social ou um defeito físico imaginário possa ofender ou constranger as outras pessoas. Como se percebe, esse tipo de fobia é bem pouco encontrado em nosso meio. O que há em comum em todas as fobias é o fato de que o cérebro faz poderosos link em situações de grande emoção.







Para entender o que se passa, é interessante lembrar de uma situação universal: você provavelmente, em algum tempo de sua vida, estava com outra pessoa, numa situação bastante agradável, e ao fundo tocava uma música. Agora, quando você ouve a música, lembra da situação. E se parar para pensar bem, não apenas lembra da situação, mas talvez sinta as mesmas sensações agradáveis.
Para o cérebro, o fenômeno é o mesmo. Fortes emoções em geral ficam ligadas ao que acontece em volta. Em geral as fobias ocorrem quando a crise de pânico é desencadeada em situações que já são potencialmente perigosas. Por exemplo: nenhum animal (e nós somos animais, lembra-se?), gosta de ficar acuado ou perto de algum outro animal que possa lhe trazer riscos.







Estar preso no transito, num elevador, num shooping é, para quem sofre de certos tipos de fobias, uma situação de "ficar acuado", sem saída, por isso, muitos pacientes com pânico acabam desenvolvendo fobias a lugares fechados.
Para o celebro, o fenômeno é o mesmo; fortes emoções em geral ficam ligadas ao que acontece em volta. Em geral as fobias ocorrem quando a crise de pânico é desencadeada em situações que já são potencialmente perigosas. Por exemplo nenhum animal ( e nós somos animais, lembra-se?), gosta de ficar acuado ou perto de algum outro animal que possa lhe trazer riscos.







Estar preso no trânsito, num elevador, num shooping é, para quem sofre de certos tipos de fobia, uma situação de "ficar acuado", sem saída; por isso, muitos pacientes com pânico acabam desenvolvendo fobias a lugares fechados.







No caso das fobias, a causa que desencadeia o sintoma está sempre situada no passado que se reativa no presente, decorrente de um objeto real ou simbólico. É importante ressaltar que este objeto desencadeante pode passar desapercebido tanto aos olhos do paciente como do profissional, uma vez que o laço existente entre a realidade e a fantasia está sob o efeito da repressão e do deslocamento, conforme exemplificamos no caso relatado. Quando o mecanismo falha, ocorre um reencontro com o objeto que desencadeia a angústia, e é então que surge a síndrome do pânico. Ressalte-se que esta não aparece, portanto, como um quadro isolado e autônomo. Para Freud, uma vez constituído o sintoma, ele gera um impedimento atual, real e presente, criando uma nova angústia que se liga a esta representação. Entretanto, este enlace é contingente, diferenciando-se assim do enlace original. Por esta razão, muitas vezes, após a aparição do primeiro ataque, temem-se os seguintes.