quarta-feira, 1 de agosto de 2012

TRANSTORNO DISSOCIATIVO

Transtorno Dissociativo




O Transtorno Dissociativo, ou distúrbio de conversão, como também pode ser conhecida essa doença psicológica, é definido como uma conversão de conflitos mentais e emocionais em sintomas físicos. Embora o sintoma que o doente refere seja uma sensação real, não há uma causa física ou médica que o justifique.

Esse transtorno psicológico geralmente começa a se manifestar, ou é agravado, logo depois do paciente sofrer um estresse psicológico grave. Pode ocorrer esporadicamente ou frequentemente, sendo mais comum ocorrer em mulheres do que em homens.

Os sintomas produzidos inconscientemente pela pessoa podem ser paralisias de membros ou de todo o corpo, dores intensas e até perda dos sentidos, fazendo com que o indivíduo acredite que sofre de alguma doença grave.

O transtorno dissociativo é difícil de ser diagnosticado, pois o indivíduo afetado dificilmente procura ajuda psicológica, mas sim tratamento para o sintoma físico que o incomoda, seja a dor ou os desmaios.

O tratamento aconselhado deve ser feito através de psicoterapia. Mas, em geral, os sintomas tendem a reaparecer e se tornar um problema crônico, o que faz com que o tratamento com terapia psicológica seja a forma, em longo prazo, mais eficiente para reduzir os sintomas.

O tratamento ensina o paciente a lidar com seus conflitos psicológicos de forma a não transformá-los em sofrimento físico.

Transtornos dissociativos atingem, de alguma forma, praticamente toda a população mundial. Por muitas vezes manifestarem-se de forma efêmera, são esquecidos ou desconsiderados. No entanto, quando os sintomas agravam-se, há a recorrência à ajuda psicológica ou psiquiátrica. O transtorno causa a perda de habilidades táteis, psíquicas e neurais, como a memória, capacidades motoras e até personalidade. As causas são similares às do Transtorno de estresse pós-traumático, como por exemplo, uma vez provado que os transtornos não são causados por traumas físicos, muitas vezes os pacientes recusam em dizer o motivo ou um trauma que levou-os à sua condição, o que dificulta o diagnóstico pelos psiquiatras, que nescessitam de ajuda para obtê-lo.

Fuga psicogênica
 
O indivíduo perde suas antigas recordações, e em um surto nervoso, muitas vezes sai da cidade ou abandona seu círculo social, em alguns casos até mudando de nome e assumindo outra personalidade. Quando acaba, toda a memória exceto pelo período no qual deu-se a fuga, é recobrada, e então o paciente retorna a sua vida normal. Raramente dura meses, ocorrendo em um período de dias ou horas.

Amnésia dissociativa

Entre suas causas, pode-se descartar um dano físico ao cérebro. As perdas de memória dissociativas ocorrem devido a alto estresse ou um trauma psicológico. Quando, por exemplo, uma pessoa sobrevive a um acidente de avião, sua memória no acidente remete-se apenas a instantes antes do pânico generalizado ao qual esta foi acometida, tendo o estresse gerado um esquecimento dos fatos. As memórias ficam, às vezes, salvas no inconsciente, podendo ser trazidas à tona por meio de terapia ou hipnose.

Anestesia dissociativa

Os limites das áreas cutâneas anestesiadas correspondem freqüentemente às concepções pessoais do paciente, mais do que às descrições científicas. Pode haver igualmente uma perda de um tipo de sensibilidade dado, com conservação de outras sensibilidades, não correspondendo a nenhuma lesão neurológica conhecida. A perda de sensibilidade pode se acompanhar de parestesias. As perdas da visão e da audição raramente são totais.

Transtorno dissociativo de identidade/Personalidades múltiplas

O transtorno de múltiplas personalidades, diferente da fuga dissociativa, permite ao indivíduo afetado a memória em suas personalidades, muitas vezes estas sendo particulares a cada uma destas. As personalidades são bastante independentes umas das outras sendo possível inclusive terem comportamentos opostos, por exemplo, uma sendo sexualmente promiscua e outra recatada. Em alguns casos há completo bloqueio de memória entre as personalidades, noutros casos há conhecimento podendo gerar rivalidades ou fraternidades. O observador externo que só conheça uma das personalidades não notará nada de anormal com esta pessoa. As personalidades podem ser do sexo oposto, ter idades diferentes e até de outras raças.

Transtorno dissociativo motor e sensitivo

Os nervos epiteliais, quando atingidos pelo transtorno dissociativo, apresentam mudanças em sua percepção do meio exterior. Objetos em contato com a pele podem ser sentidos com uma maior ou menor temperatura, intensidade etc. Não são constantes, sendo facilmente despercebidos. O transtorno dissociativo motor, por sua vez, afeta a passagem de neurotransmissores pelos botões sinápticos nos músculos, alterando as capacidades motoras do indivíduo. Não há, graças à conformidade dos pacientes, uma urgência pelo uso de cadeira de rodas ou assistência médica, sendo apresentados como sintomas uma fraqueza muscular e certa ociosidade e pouco percebidos pelos psiquiatras, assim como o transtorno dissociativo sensitivo.

Transtornos de despersonalização e/ou desrealização

É uma alteração, não da realidade material como é visto nas psicoses, mas do modo como esta é interpretada pelo indivíduo. Não é relacionado à existência de múltiplas personalidades, pelo contrário, a despersonalização é apenas uma sensação, esta não alterando o nível de consciência do paciente observado. As mudanças na percepção dos estímulos exteriores varia de flutuações no humor a distorções no tamanho dos objetos(macro ou micropsia). Desconhece-se o tratamento deste problema, em especial de seus sintomas isolados.



DISTIMIA




A distimia é um transtorno psicológico crônico caracterizado por um estado de espirito depressivo, que prejudica a capacidade produtiva e a agilidade mental. Ela começa sempre de forma muito gradual, em geral na adolescência, razão pela qual é diagnosticada tardiamente.
A característica mais importante neste transtorno que o difere da depressão comum, é a ausência de um motivo externo para a provocar, além do prolongar-se por um período mínimo de dois anos sem melhoria.
Os pacientes que sofreram de distimia desde a infância ou adolescência tendem a acreditar que esse estado de humor é natural e faz parte da personalidade.
A distimia quando encontrada nas crianças é caracterizada por um estado de humor irritável e não depressivo. Este distúrbio psicológico é em geral diagnosticado tardiamente e precisa de tratamento medicamentoso prolongado.

Para preencher o diagnóstico de depressão os pacientes além do sentimento de tristeza prolongado precisam apresentar dois dos seguintes sintomas:



Falta de apetite ou apetite em excesso
Insônia ou hipersonia
Falta de energia ou fadiga
Baixa da auto-estima
Dificuldade de concentrar-se ou tomar decisões
Sentimento de falta de esperança
 
Características associadas

Estudos mostram que o sentimento de inadequação e desconforto é muito comum, a generalizada perda de prazer ou interesse também, e o isolamento social manifestado por querer ficar só em casa, sem receber visitas ou atender ao telefone nas fases piores são constantes. Esses pacientes reconhecem sua inconveniência quanto à rejeição social, mas não conseguem controlar. Geralmente os parentes exigem dos pacientes uma mudança positiva, mas isso não é possível para quem está deprimido, não pelas próprias forças. A irritabilidade com tudo e impaciência são sintomas freqüentes e incomodam ao próprio paciente. A capacidade produtiva fica prejudicada bem como a agilidade mental. Assim como na depressão, na distimia também há alteração do apetite, do sono e menos freqüentemente da psicomotricidade.
O fato de uma pessoa ter distimia não impede que ela desenvolva depressão: nesses casos denominamos a ocorrência de depressão dupla e quando acontece o paciente procura muitas vezes pela primeira vez o psiquiatra. Como a distimia não é suficiente para impedir o rendimento, apenas prejudicando-o, as pessoas não costumam ir ao médico, mas quando não conseguem fazer mais nada direito, vão ao médico e descobrem que têm distimia também.
Os pacientes que sofreram de distimia desde a infância ou adolescência tendem a acreditar que esse estado de humor é natural deles, faz parte do seu jeito de ser e por isso não procuram um médico, afinal, conseguem viver quase normalmente.
Idade
O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal. O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre rejeitada pelos coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A distimia é sub-dividida em precoce e tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade e partia após isso. Os estudos até o momento mostram que o tipo precoce é mais freqüente que o tardio. Por outro lado estudos com pessoas acima de 60 anos de idade mostram que a prevalência da distimia nessa faixa etária é alta, sendo maior nas mulheres. Os homens apresentam uma freqüência de 17,2% de distimia enquanto as mulheres apresentam uma prevalência de 22,9%. Outro estudo também com pessoas acima de 60 anos de idade mostrou que a idade média de início da distimia foi de 55,4 anos de idade e o tempo médio de duração da distimia de 12,5 anos.
A comparação da distimia em pessoas com mais de 60 anos e entre 18 e 59 anos revelou poucas diferenças, os sintomas mais comuns são basicamente os mesmos. Os mais velhos apresentaram mais queixas físicas enquanto os mais novos mais queixas mentais.
Curso
A distimia começa sempre de forma muito gradual, nem um psiquiatra poderá ter certeza se um paciente está ou não adquirindo distimia. O diagnóstico preciso só pode ser feito depois que o problema está instalado. O próprio paciente tem dificuldade para determinar quando seu problema começou, a imprecisão gira em torno de meses a anos. Como na maioria das vezes a distimia começa no início da idade adulta a maioria dos pacientes tende a julgar que seu problema é constitucional, ou seja, faz parte do seu ser e não que possa ser um transtorno mental, tratável. Os estudos e os livros não falam a respeito de remissão espontânea. Isso tanto é devido a poucas pesquisas na área, como a provável não remissão. Por enquanto as informações nos levam a crer que a distimia tenda a permanecer indefinidamente nos pacientes quando não tratada.
TratamentoOs tratamentos com antidepressivos tricíclicos nunca se mostraram satisfatórios, as novas gerações, no entanto, vem apresentando melhores resultados no uso prolongado. Os relatos mais freqüentes são de sucesso no uso da fluoxetina, sertralina, paroxetina e mirtazapina