sexta-feira, 21 de maio de 2010

TERAPIA INFÂNTIL E SUA IMPORTÂNCIA

TERAPIA INFANTIL E SUA IMPORTÂNCIA








Atualmente, as crianças são muito exigidas em função do mundo em que vivemos: devem saber dominar a informática, falar outras línguas, praticar esportes, tirarem sempre notas altas na escola, serem boazinhas e obedientes, enfim, serem “eficientes” naquilo que fazem. Estando sempre ocupadas com atividades que precisam cumprir (nem sempre tendo tempo para brincar, jogar, chorar, brigar...), não conseguem ser o que são, isto é, crianças, e sobrecarregam-se para serem aceitas pelos outros.



Tantas responsabilidades podem ser colocadas como obstáculos, uma vez que nem sempre o indivíduo consegue facilmente se adaptar a elas. Isso pode prejudicar o desenvolvimento sadio da criança. Esta se perde dentre tantas informações e requisições e, na tentativa de sobreviver ao desencontro consigo mesma, utiliza-se de alguns comportamentos tais como: agressividade, hiperatividade, angústia, medos, enurese noturna, ser bonzinho em demasia, ser apegada a adultos, reter fezes, desenvolver tiques, dificuldades escolares e de relacionamentos com os colegas e pais, falta de limite, síndromes de pânico, depressão infantil, dentre tantos outros. Estas cobranças sofridas pela criança, podem tanto ser de ordem interna como e, também, de ordem externa.



Existem crianças que manifestam esses sentimentos de outra forma, quando se percebem em meio a conflitos (entre os pais, dentro da escola ou em alguma situação específica), acabam "adoecendo" na tentativa de informar que algo não vai muito bem. Diante de tais conflitos, podem se sentir responsáveis por dilemas que não são seus, mas que vivenciam como sendo.



Dessa forma não há porque se estranhar à necessidade de um facilitador (processo psicoterapêutico) para assegurar o bom andamento do desenvolvimento humano. A importância de uma psicoterapia para as pessoas que estejam passando por distúrbios e conflitos têm se mostrado de grande importância. O afeto e o comportamento do indivíduo são determinados pelo modo como ele se estrutura no mundo. A partir do processo terapêutico, o sujeito tem a possibilidade de re-significar pensamentos e vivências, podendo descobrir outras maneiras de ver a realidade e formas de viver mais satisfatórias aos objetivos deste. A psicoterapia infantil visa auxiliar a criança e os pais e/ou cuidadores, quando algo não está bem no desenvolvimento emocional ou social da criança. Entende-se assim, a necessidade de um ambiente que proporcione momentos à criança e os pais e/ou cuidadores para que pensem suas relações, suas escolhas, suas dificuldades, seus sonhos, suas possibilidades; em um espaço protegido, no qual o indivíduo possa se experimentar, se escutar, sentir, fantasiar entre outros. Através da utilização de algumas técnicas que têm embasamento na psicologia, a criança pode se experimentar sendo ela mesma e, no relacionamento estabelecido em terapia, que é uma analogia à relação com os outros, pode "organizar" seus conflitos vivenciados internamente, aproveitando sua fase de desenvolvimento com mais tranqüilidade.


O trabalho que tem como foco auxiliar as crianças e seus pais/cuidadores a trabalharem e refletirem sobre os seus conflitos, dúvidas, angústias, dores, entre outros conteúdos, pode ser feito de diferentes maneiras, se utilizando técnicas e meios para contribuírem nesse processo. Através das técnicas expressivas e de relaxamento há a facilitação do entrar em contato e, do trabalho com esses conteúdos, muitas vezes dolorosos e difíceis de se abordar. Estas técnicas embasadas pelo conhecimento da psicologia permitem que o indivíduo seja visto e, portanto trabalhado de forma mais global e dinâmico.


Além de ser recomendada para o tratamento de problemas específicos (hiperatividade, depressão, mania, etc), a psicoterapia infantil fornece respaldo para que a criança escolha seu próprio caminho, uma vez que os outros não poderão escolher sempre por ela. Independente do "rótulo" (ou diagnóstico) que carrega, a criança pode se redescobrir, diferenciando-se das críticas e avaliações externas tomadas para si, sendo mais feliz no presente e sofrendo menos na fase adulta.


















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