quinta-feira, 13 de maio de 2010

TRANSTORNO DO PÂNICO

PÂNICO - TRATE ENQUANTO À TEMPO




Causa grande aflição, e medo perante alguma situação. A triste ironia de quem sofre de síndrome do pânico é a seguinte: ter medo da própria doença, de enfrentar os porões dos seus terrores e o receio de não encontrar uma solução. Isso, sim, é a pior parte do problema.


A crise de pânico é o estado mais agudo de uma condição de ansiedade. É o máximo que a ansiedade pode levar uma pessoa. Esta ansiedade é acompanhada de dispnéia, vertigem, sensação de desmaio, palpitações, tremores, sudorese, sufocamento, náusea ou desconforto abdominal, despersonalização, parestesias ou formigamentos, ondas de frio e de calor, medo de morrer, enlouquecer ou cometer ato descontrolado.


Os sintomas característicos do transtorno do pânico são períodos espontâneos, episódicos e intensos de ansiedade, geralmente durando menos de uma hora. Esses ataques de pânico ocorrem comumente duas vezes por semana em indivíduos afetados, embora possam ocorrer com freqüência maior ou menor.


Os pacientes com transtorno do pânico podem também desenvolver agarofobia, medo de ficar sozinho em lugares públicos, especialmente em situações das quais uma saída rápida seria difícil. Estima-se que pelo menos dois terços dos pacientes agarofóbicos também tem ataques de pânico, e alguns médicos acreditam que os ataques de pânico sejam um fator etiológico em virtualmente todos os pacientes com agarofobia.


Como um primeiro ataque da síndrome do pânico, podemos descrever: uma sensação de perda de controle sobre o corpo, sensação de desmaio, algo parecido com um tranco no peito, vontade de fugir sem saber de quê e uma necessidade de estar em um lugar conhecido, com pessoas familiares.

Os indivíduos que desenvolvem a síndrome do pânico apresentam, além de predisposição hereditária, algumas características de personalidade que os expõe mais freqüentemente a ela.


São indivíduos muito competitivos, com ideal de Ego muito elevado, que se envolvem em muitas tarefas, não conseguindo concluí-las.


Estas características associadas a medo de impulsos agressivos sexuais de si mesmo para com os outros ou vice-versa e ao relacionamento hostil / dependente com o companheiro.


A manifestação central do Transtorno de Pânico é o ataque de pânico, um conjunto de manifestações de ansiedade com início súbito, rico em sintomas físicos e com uma duração limitada no tempo, em torno de dez minutos. Os sintomas típicos são: sensação de sufocação, de morte iminente, taquicardia, tonteiras, sudorese, tremores, sensação de perda do controle ou de “ficar louco”, alterações gastro-intestinais. Os primeiros ataques de pânico costumam vir sem qualquer aviso, de modo totalmente inesperado. Depois podem surgir a partir de um nível maior de ansiedade, as ansiedades antecipatórias, ou serem precipitados pelo contato com algum tipo de situação. O Transtorno de Pânico inicia com os ataques e costuma progredir para um quadro de agorafobia, no qual o paciente passa a evitar determinadas situações ou locais por causa do medo de sofrer um ataque. Situações e locais típicos da agorafobia são: túneis, engarrafamentos, avião, grandes espaços abertos, shopping centres, ficar sozinho, sair sozinho. Em todas essas situações existe um denominador comum – o problema que o paciente enfrenta, caso nelas tenha um ataque. Com a progressão do Transtorno, o paciente fica cada vez mais dependente dos outros e com seu espectro de atividades cada vez mais limitado.


Laplanche nos dirá que a relação com o objeto é abordada de forma indireta; que este não é um conceito central, é quase um corolário. Supondo que o susto é produto de um efeito-surpresa e de não-preparação, devemos considerar que este não tem objeto conhecido; a angústia pode se produzir tanto como preparação para um perigo conhecido quanto para um perigo vago. Neste sentido poder-se-ia dizer que a preparação não provém do conhecimento de um objeto em especial.


Laplanche define as histerias de angústia como "designação introduzida por Freud para isolar uma neurose cujo sintoma central é a fobia, e para sublinhar sua semelhança estrutural com a histeria de conversão". Poder-se-ia dizer que a histeria de angústia é uma fobia na qual a angústia ainda não foi ligada a um objeto que, pela sua condição de despertar o medo, permita evitá-la. Nas fobias, as representações angustiantes já estão amarradas a determinados objetos afastados do original.

Outros Transtornos Mentais são comumente associados com o Transtorno de Pânico e precisam ser bem investigados para a elaboração de um plano de tratamento adequado, como Depressão ou Abuso de álcool ou drogas.

Um comentário:

  1. Estou curtindo aqui seu blog. Muito técnico pra mim, mas muito informativo. Grande Abraço!

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