segunda-feira, 28 de novembro de 2011
RETORNO AOS ATENDIMENTOS EM 2012
PSICANALISTA CLÍNICA MARY DAIANE.
BORDERLINE
Não é muito freqüente. Nos USA se considera 2% da população, (mas cuidado, geralmente as estatísticas lá são exageradas). Muito mais freqüente em mulheres do que em homens (por isso a página é escrita no feminino).
Medo de abandono: uma necessidade constante, agoniante de nunca se sentirem sozinhas, rejeitadas e sem apoio.
Dificuldade de administrar emoções
Impulsividade.
Tentativas de suicídio, mais freqüentemente as de impulso do que as planejadas.
Problemas de auto-estima. Borderlines se sentem desvalorizadas, incompreendidas, vazias. Não tem uma visão muito objetiva de si mesmos.
Muito impulsivas: idealizam pessoas recém conhecidas, se apaixonam e desapaixonam de maneira fulminante.
Vulnerabilidade individual.
Stress ambiental que desencadeia o aparecimento do comportamento Borderline.
Cuidado com conclusões precipitadas do tipo "você foi abusada" ou "você foi aterrorizada".
Com o passar dos anos existe uma diminuição do número de internações hospitalares e de tentativas de suicídio.
Parece piada de mau gosto, mas é uma realidade estatística: a cada tentativa de suicídio que a Borderline sobrevive, diminui a chance de uma nova tentativa.
Participação em atividades comunitárias: igrejas, clubes, associações culturais, artísticas, etc.
Baixa ou ausente freqüência de auto-agressão.
Baixa ou ausente freqüência de tentativas de suicídio.
Ser casada.
Ter filhos.
Não ser promíscua.
Embora a medicação seja muito importante, ela é ator coadjuvante. O ator principal no tratamento é a Psicoterapia.
Geralmente no início do tratamento a Psicoterapia é mais Analítica, para que a paciente reconheça o problema, suas causas e as conseqüências na sua vida.
Mais tarde, quando as causas e conseqüências estiverem bem entendidas pela paciente, a Psicoterapia Cognitivo Comportamental (TCC) é mais útil, pois ela ensina a paciente a ter comportamentos alternativos mais saudáveis.
Isso quer dizer o seguinte: o tratamento exige paciência, persistência, disciplina e muito boa vontade.
Pacientes gratos hoje podem se mostrar ingratos amanhã.
Podem parecer egoístas ou egocêntricos;
Visto sob esta ótica narcisista, o borderline é um balão inflado a ar - por fora, uma imagem adulta poderosa; por dentro, uma criança frágil, impotente e triste.
Fazem ou dizem algo impróprio para receber atenção e cuidado quando se sentem ignorados. Por quererem atenção, tais traços histriônicos podem estar presentes, tais como: às vezes o borderline pode se vestir sexualmente provocante para receber cuidado e atenção, podem inventar histórias ou exagerá-las, exagerar sintomas ou doenças, entre outros comportamentos a fim de reafirmar sua presença;
Alguns borderlines podem jogar o papel de vítima para si mesmos, porque isso atrai atenção solidária, fornece uma identidade e lhes dá uma ilusão de que não são responsáveis por suas próprias ações;
Negam os efeitos de seu comportamento em outros, frequentemente diz que os outros exageram;
Cheia de auto-ódio, a pessoa borderline talvez acuse os outros de odiá-la ou de nunca amá-la. Com medo de ser abandonada, ela pode se tornar tão crítica e facilmente enfurecida, que por fim desejam realmente abandoná-la. Então, incapaz de enfrentar a causa de sua dor, o borderline pode culpar os outros e se colocar no papel de vítima;
Às vezes, podem ser exageradamente dramáticos, fazendo "tempestade em copo d'água";
domingo, 23 de outubro de 2011
SÍNDROME DE TURNER
A síndrome de Turner é uma condição que afeta apenas meninas com monossomia do cromossomo X, e é um distúrbio cromossômico. Ninguém conhece a causa da Síndrome de Turner. A idade dos pais das meninas com Síndrome de Turner não parece ter qualquer importância e não foram identificados fatores hereditários. Não parece haver qualquer providência que os pais possam tomar para evitar que uma de suas filhas tenha Síndrome de Turner.
A síndrome de Turner se caracteriza por amenorréia primária, infantilismo sexual, baixa estatura, múltiplas anormalidades congênitas e gônadas com estrias bilaterais, nas mulheres fenotípicas, portadoras de qualquer dos vários defeitos do cromossoma X.Essa anormalidade deve ser distinguida de:
1) A síndrome de Turner mista: em que estão presentes um testículo unilateral e estrias gonadais contralaterais;
A genitália externa é feminina, não-ambígua, porém permanece imatura e não ocorre desenvolvimento das mamas, a menos que a paciente seja tratada com estrogênio exógeno. A genitália consiste em trompas de Falópio e útero infantis e estrias gonadais bilaterais localizadas nos ligamentos amarelos.
As células germinativas primordiais estão presentes transitoriamente durante a embriogênese, porém desaparecem, em consequência de um acelerado índice de atresia. Após a idade provável da puberdade, essas estrias não apresentam folículos e óvulo identificáveis, porém contém tecido fibroso indistinguível do estroma ovariano normal.
Pêlos pubianos e axilares escassos aparecem por ocasião da provável puberdade; as mamas permanecem infantis e não ocorrem menstruações
Anomalias Clínicas e Incidência Aproximada:
Estrutura baixa 100%
Mal funcionamento dos ovários 90%
Mãos e pés inchados 80%
Peito largo 80%
Linha posterior do cabelo baixa 80%
Orelha de formato incomum 80%
Mandíbula pequena e mais baixa 70%
Braços virados para fora 70%
Anomalias renais 60%
Pescoço com dobras 50%
Anomalias cardíacas 50%
Perda de audução 50%
Arco do palato alto e estreito 40%
Anomalias Ocasionais:
DISPLASIA DOS QUADRIS Escoliose
DIABETES MELLITUS Hipertensão idiopática
TENDÊNCIA A FORMAÇÃO DE QUELÓIDES Curva glicêmica anormal
DOENÇA DE CHROHN Tendência a obesidade
DISFUNÇÕES TIROIDIANAS Catarata
Tratamento:
A síndrome de Turner não estando associada com nenhum fator externo (ambiental), nem com retardo mental. Existem métodos didáticos alternativos que facilitam o aprendizado da leitura verbal, mas dificultam o entendimento e a resolução de problemas matemáticos e espaciais. Porém, com determinação e paciência, qualquer diferença pode ser compensada.
Sendo uma condição cromossômica, não há cura para a síndrome de Turner, porém, certos procedimentos, feitos cedo o bastante, possibilitam a redução dos efeitos do desequilíbrio cromossômico:
Hormônio do crescimento, sozinho ou acompanhado por um androgênico fraco, irá melhorar a velocidade de crescimento e provavelmente a altura final da mulher adulta.
Terapia de reposição de estrógeno tem sido usada desde que a condição foi descrita em 1938 para promover o desenvolvimento de características sexuais secundárias.
Modernas tecnologias também vêm sendo usadas para ajudar mulheres com Síndrome de Turner a engravidarem, caso desejarem. Uma doadora de um óvulo é usada para gerar um embrião, o qual será carregado pela mulher com Síndrome de Turner.
A Psicanálise junto com a Psicomotricidade, desenvolveram o fisico e a mente dessas crianças, para que tornem as tarefas do dia a dia menos dolorosa...
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
PROJETO DE PSICOMOTRICIDADE EDIM
O EDIM - Espaço de desenvolvimento Infantil Mamulengo, é um lugar especializado no desenvolvimento de crianças até 5 anos, favorecendo vivências e experimentações através de um brincar saudável e estímulos trabalhados com base na afetividade. Com um olhar individual,bscamos momentos que propiciem o prazer da ação, favorecendo o conhecimento do corpo e suas percepções através de estimulos táteis, auditivos, visuais e motores nas inúmeras possibilidades que o brinca oferece para o desenvolvimento infantil harmonioso.
Contamos com uma equipe de profissionais e um ambiente devidamente preparado para despertar o processo da descoberta em um espaço que favoreça e respeite sua maturação psicológica.
Ao darmos importância a uma educação do corpo no início da vida, através de aquisições de habilidades, proporcionamos um futuro com todas as etapas vencidas naturalmente, onde teremos crianças mais criativas, autônomas e felizes.
Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor.Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo.
“O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PSICOMOTORES: engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados (passeios ao ar livre), etc.....
Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas, expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.
RUA: Presidente Backer, 176 - Icaraí - Niterói.
domingo, 24 de julho de 2011
FOBIA SOCIAL
Além da desproporcionalidade há também outro critério: a duração da ansiedade. Uma pessoa normal que irá apresentar-se perante uma platéia ficará tensa, contudo esta tensão depois de uns 15 minutos passa, e o palestrante adquire confiança e segurança. Com o fóbico social isso não acontece, os sintomas de ansiedade permanecem ou podem até aumentar durante a exposição, com isso o paciente acaba interrompendo sua dissertação, diz que está sentindo-se mal, ou simplesmente abandona o local numa verdadeira fuga, sem dar nenhuma satisfação.
Com esses dois critérios a identificação da Fobia Social não costuma ser difícil.
Normalmente os sintomas se relacionam com o foco da fobia. Por exemplo, sendo o foco falar com o chefe ou perante uma platéia o fóbico social pode não conseguir falar nada. Sendo para escrever suas mãos podem ficar trêmulas a ponto de impedir que se escreva, a menos que encontre um lugar onde possa escrever ou assinar sem ser observado. Quando o paciente vê que as pessoas perceberam sua ansiedade o grau de tensão se eleva enormemente alimentando ainda mais a ansiedade. Os sintomas específicos costumam ser acompanhados por sintomas inexpecíficos como palidez ou ruborização, taquicardia, sudorese profusa, extremidades frias, tremores, tonteiras, enjôo e outros sintomas ligados a descarga adrenérgica. Não é raro o paciente ter uma crise de pânico se insistir em enfretar o problema por suas próprias forças, ou quando foi pego de surpresa.
Na Fobia Social não existem fases, ela tende a ser a mesma durante todo o tempo desde o início da manifestação, pequenas mudanças podem ser observadas como o surgimento de um novo foco da fobia (antes era só para falar, agora para escrever também), ou quanto ao sintoma dominante, antes o que mais sentia eram tremores, agora a sudorese é mais intensa que os tremores por exemplo.
Os fóbicos sociais sempre sabem que têm algo diferente da maioria das pessoas, mas não sabem que se trata de um transtorno, muito menos que tem tratamento, senão a atitude deles seria diferente.
A partir dos grupos sociais com que convive começa a perceber que é "tímido" demais, é considerado o "bonzinho" do grupo, o que nem sempre condiz com o que se deseja. A partir daí o paciente começa a desconfiar de que sofre algum problema.
Como a ansiedade é sempre uma sensação desagradável costuma levar a pessoa um comportamento direcionado para a resolução do problema. Assim o fóbico social tende a observar as pessoas em volta e percebe que seus sentimentos de vergonha ou temor de ser observado estão exagerados. Se for uma Fobia leve, ele interpretará como timidez, se for grave ele irá buscar ajuda. Quando não o faz começa a aceitar-se com é, gerando sentimentos de inferioridade e submissão. O fóbico social sempre reconhece seu valor e sua capacidade, sabe que é tão bom ou até melhor em certas funções que seus colegas, mas na hora de manifestar sua idéia é incompetente, prejudiando sua imagem. Com o tempo passa a não manifestar-se nem pelo que é justo, apenas a aceitar o que é determinado ou imposto.
A Fobia Social começa de forma muito discreta, dificilmente os pacientes apontam uma data ou evento a partir de quando começou, ao contrário do Transtorno do Pânico. Isto na maioria das vezes ocorre no início da idade adulta, quanto a personalidade e os traços de comportamento estão em fase final de consolidação. Talvez por isso muitos fóbicos sociais tendem a achar que seu problema é algo que faz parte de "seu jeito de ser", ou de sua personalidade. Não há unanimidade quanto diferença de incidência por sexo. Alguns estudos apontaram uma predominância no sexo masculino mas isto não foi sempre confirmado, de maneira que ainda não há uma posição definida.
As crianças também podem ser atingidas pela Fobia Social, a manifestação é igual a do adulto. A melhor maneira de ajudar é compreendendo-a em sua limitação, sem cobranças ou exigências relacionadas ao seu problema. O tratamento medicamentoso é indispensável também para elas. O tratamento das crianças é muito mais importante do que no adulto, pois nessa fase a criança não tem auto-crítica aceitando passivamente os comentários externos. Uma criança com Fobia Social será tratada e considerada pelos colegas como uma "bobona". Com o tempo ela mesma se convencerá disso e talvez essa auto-imagem negativa se transmita para a idade adulta, tornando um potencial adulto produtivo numa pessoa sem iniciativa e manipulável. Afirmo isso com minha base empírica, não conheço estudos específicos sobre esta questão.
Não há estudos epidemiológicos no Brasil sobre a Fobia Social, não temos como saber se alguma região é mais afetada que outra.
Tenho visto resultados muito disparatados, alguns estudos apontam até 13% de prevalência da Fobia Social na população geral. Isto só pode ser uma grave erro metodológico. Os tratados de psiquiatria aceitam uma taxa média de 2,4% de prevalência. Mais estudos são necessários para se confirmar essas taxas.
Os familiares e amigos geralmente percebem submissão, vergonha ou timidez do fóbico social, mas por assemelhar-se muito ao comportamento normal as pessoas próximas não desconfiam que o fóbico social está sendo vítima de um transtorno de ansiedade. A Fobia Social por sua própria natureza faz com que o paciente não se queixe de seu problema, esconda-o, culpe-se por eles e isole-se em sua dor incompreendida. Quando a Fobia Social prejudica a rotina de um familiar muitas vezes é considerada exagero ou "frescura", algo que a pessoa não muda porque não quer principalmente quando o paciente é uma mulher (os homens são menos compreensíveis). Muitas vezes a sugestão de se buscar um terapêuta é feita de forma debochada, em tom de desprezo o que acaba levando o paciente a não buscar tratamento.
A família e os amigos podem ajudar o fóbico social, basta que sejam compreensíveis, aceitem bem o problema, e como no caso da criança, não crie exigências que o paciente não possa atender por causa da Fobia Social. Isto é suficiente.
Apesar de ser um problema aparentemente pequeno, ainda mais por ser de fácil tratamento, as consequências do não tratamento podem ser dramáticas. Conheci vários fóbicos sociais que deixaram de se formar na faculdade ou num curso de especialização porque no final seria necessário uma apresentação para a turma e isto seria intolerável. Conheci também pacientes (enfatizo aqui o plural) que recusaram promoções no trabalho apesar de saberem que eram competentes o suficiente para a função, mesmo deixando de a ganhar mais e bloqueando sua ascenção na empresa, unicamente pelo medo de terem que falar em reuniões de trabalho.
Casamentos que se fazem pela submissão de um dos conjuges devido a Fobia Social também são muito comuns. O problema nesses casos é quando o marido ou a mulher descobrem o tratamento e passam a recusar o domínio exercído durante anos. Quando não há suficiente amor esses casamentos se desfazem. Alguns pacientes preferem retornar a condição de fóbico social para não acabar com o casamento. Por começar no início da idade adulta, a Fobia Social se não for tratada levará a consequências para o resto da vida, porque neste período são tomadas as decições que direcionarão a vida de cada um.
Até o momento o tratamento medicamentoso e a terapia comportamental cognitiva são os melhores, talvez eu não esteje muito errado se disser que são os únicos. Pode-se realizar inclusive uma combinação de ambos tratamentos para os pacientes que não obtêm uma resposta satisfatória com um tipo de tratamento isoladamente. O tratamento medicamentoso começa a fazer efeito logo nos primeiros dias, mas os sintomas voltam quando se suspende as medicações. Já a terapia comportamental cognitiva demora a fazer efeito, mas o paciente poderá ficar livre dos sintomas depois de suspenso o tratamento.
As medicações indicadas são: clonazepam, paroxetina, tranilcipromina, moclobemida. Algumas dessas medicações podem ser combinadas para potencializar o efeito terapêutico, exceto para a tranilcipromina com a paroxetina cuja combinação é absolutamente contra-indicada.
A terapia comportamental exerce um descondicionamento gradual das situações fóbicas, expondo de forma controlada o paciente ao estímulo fóbico, a fim de dessensibilizar o paciente. Com o tempo o paciente passa a viver a situação fóbica como outra pessoa qualquer. Assim como as medicações não resolve, 100% dos casos a terapia comportamental também não.
Nada mais é que a timidez patológica. Aquela pessoa tão tímida e insegura que chega a interferir na vida pessoal.
Geralmente são excelentes, mas na hora de se expressar entram em pânico, sentindo constrangimento social e se forçada a enfrentar a situação os sintomas da crise de ansiedade só aumentam. Sob tensão ocorrem os sintomas fisiológicos do medo, taquicardia, respiração acelerada opressão no peito, tremor nas extremidades, sudorese, boca seca. Paralelamente começam também os sintomas psicológicos: dificuldade de raciocínio, complexo de inferioridade, medo de ser avaliado e observado.
Qualquer pessoa normal fica tensa antes de um evento onde ficará exposta. Seja num evento social, uma apresentação, ou evento profissional. Por exemplo, tanto um ator, um palestrante ou uma pessoa que será apresentada a alguém do sexo oposto, sentem um friozinho na barriga e às vezes até medo, mas passado algum tempo, ela estabiliza a ansiedade e dá continuidade sem grandes dramas. Já o portador de fobia social, não se sente confortável em nenhum momento, aliás, a tensão e os sintomas da crise de ansiedade só aumentam, deixando a pessoa mais nervosa, constrangida e confusa, muitas vezes tendo uma crise de pânico e fugindo sem dar satisfação. Às vezes a fobia social é interpretada como extrema timidez e a pessoa passa a evitar qualquer tipo de constrangimento social... Interferindo radicalmente na sua vida.
Existem vários exemplos de pessoas que não aceitaram uma promoção, porque teria que fazer apresentações em empresas ou se reportar diretamente ao chefe. Estudantes que abandonam a faculdade por ter que apresentar o trabalho de conclusão. Outros que não conseguem se relacionar com o sexo oposto por timidez e acabam solteiros, sozinhos.
SINTOMAS:
Desconforto exagerado e excesso de ansiedade quando está sob olhar de uma ou mais pessoas, situações sociais ou de desempenho. Há sintomas físicos como taquicardia, sudorese, boca seca, sensação de que vai desmaiar, pânico, confusão mental, gagueira, sudorese entre ouros. A fobia Social é um transtorno incapacitante se não tratado.
CAUSAS:
Medo da exposição, critica, rejeição e depreciação. Este medo acaba tomando conta da pessoa, dificultando que ela mostre o seu desempenho
TRATAMENTO:
Existem alguns medicamentos que amenizam os sintomas de ansiedade e deve ser tomado e ajustado de acordo com o paciente, juntamente com a terapia comportamental cognitiva.
Enfrentar o medo gradativamente, sem ultrapasar os próprios limites, para que não se volte a etapa zero, cada situação deve ser enfrentada por periodos curtos, até a pessoa se sentir segura para ir aumentando o tempo de exposição!
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Doenças Mentais e Trabalho
Doenças mentais estão entre as que mais afastam brasileiros do trabalho
Depressão lidera as 10 principais causas de incapacitação; outras 4 patologias semelhantes estão no topo da lista
Simone Iwasso
As doenças mentais são responsáveis por cinco das dez principais causas de afastamento do trabalho no País - sendo a primeira delas a depressão -, o que representa um gasto de R$ 2,2 bilhões por ano, o equivalente a 19% dos custos com auxílios-doença pagos pela Previdência Social a um universo de 1,5 milhão de pessoas. Os números aparecem num levantamento sobre a infra-estrutura dos serviços de saúde mental no Brasil feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estudo foi divulgado ontem no seminário Ação Global para o Aprimoramento Mundial da Saúde Mental, parte de uma iniciativa da publicação científica inglesa The Lancet, que neste mês compilou uma série de artigos sobre saúde mental e seus impactos em vários países, entre eles o Brasil.
“As doenças mentais são as que mais incapacitam as pessoas e os gastos com a assistência representam apenas 2% do orçamento do Ministério da Saúde. Observamos um grande descompasso entre o impacto das doenças e o investimento no cuidado com elas”, afirma o psiquiatra Jair Mari, professor da Unifesp e responsável pela pesquisa. Ele enumera os problemas: depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, abuso de álcool e episódios de violência, que podem estar relacionados com várias patologias.
Sem diagnóstico precoce, sem acompanhamento adequado, essas pessoas aparecem na rede quando já estão totalmente incapacitadas e as doenças atingiram um estágio crônico. “Para lidarmos com tudo isso, o relatório aponta para a necessidade de essa fatia do orçamento aumentar para cerca de 5%, para conseguirmos melhorar a rede de atendimento, principalmente a atenção primária, que pode ser feita em parceira com as equipes do Programa Saúde da Família, que precisam ser treinadas”, completa.
Esse é justamente um dos principais desafios apontados pelo estudo: apesar de a rede estar aumentando, ainda não há locais suficientes para assistência a portadores de transtornos mentais. A oferta cresceu depois do início da reforma psiquiátrica, que prevê a desativação dos antigos manicômios por centros de atendimento psicossocial, chamados Caps, e por leitos de internação em hospitais gerais.
“A gente tem os dados do sistema, mas muita gente nem chegou a entrar nas estatísticas, fica trancada em casa, incapacitada. Há um estigma muito forte, as famílias ainda não sabem o que fazer e os profissionais do Saúde da Família conseguem chegar aonde a rede de atendimento não chega, eles vêem essas pessoas, mas não estão preparados para diagnosticá-las e tratá-las”, conta Ana Maria Pitta, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
“Na minha família existem pelo menos 30 bipolares. Eu tenho a doença, minha filha também tem. Os serviços psiquiátricos públicos são terríveis. Ninguém em surto pode ficar meses esperando”, conta a filósofa Cássia Janeiro, de 44 anos, que acredita que falta conscientização e uma maior seriedade dos próprios profissionais da saúde para lidarem com os pacientes.
“Dentro de casa o tratamento é inadequado, as pessoas comuns não sabem o que fazer com um doente mental. Há um preconceito muito grande com a doença psiquiátrica. O sujeito que bebe e chega alcoolizado ao hospital não é simplesmente um bêbado vagabundo”, diz ela, que está escrevendo um livro sobre o convívio com a doença.
CONCENTRAÇÃO
Outro problema é a distribuição desigual tanto dos serviços quanto dos especialistas: somente em São Paulo, há quase o dobro dos psiquiatras de todo o restante do País. Atualmente, existem 5,2 mil psiquiatras em exercício no Brasil, uma média de 2,83 profissionais para cada 10 mil habitantes. Na América Latina, são 4,66 profissionais para cada 10 mil habitantes.
Os transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho resultam ,assim,não de fatores isolados ,mas de contextos de trabalho em interação com o corpo e aparato psíquico dos trabalhadores.As ações implicadas no ato de trabalhar podem atingir o corpo dos trabalhadores,produzindo disfunções e lesões biológicas ,mas também reações psíquicas às situações de trabalho patogênicas ,além de poderem desencadear processos psicopatológicos especificamente relacionados às condições do trabalho desempehado pelo trabalhador.
O processo de comunicação dentro do ambiente de trabalho ,moldado pela cultura organizacional ,também é considerado fator importante na determinação da saúde mental .Ambientes que impossibilitam a comunicação espontânea,a manifestação de insatisfações ,as sugestões dos trabalhadores em relação a organização do trabalho ou ao trabalho desenpenhado provocarão tensão e ,por conseguinte ,sofrimento e distúrbios mentais.Frequentemente,o sofrimento e a insatisfação do trabalhador manifestam-se não apenas pela doença ,mas nos índices de absenteísmo,conflitos interpessoais e extratrabalho.Os fatores relacionados ao tempo e ao ritmo de trabalho são muito importântes na determinação do sofrimento psíquico relacionado ao trabalho.Jornadas de trabalho longas,com poucas pausas destinadas ao descanso e/ou refeições de curta duração,em lugares desconfortáveis ,turnos de trabalho noturnos ,turnos alterados ou turnos iniciando muito cedo pela manhã;rítimos intensos e monótonos;submissão do trabalhador ao ritmo de máquinas ,sob as quais não tem controle ;pressão de supervisores ou chefias por mais velocidade e produtividade causam ,com frequência ,quadros ansiosos,fadiga crônica e distúrbios do sono.
-reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam substâncias químicas,agentes físicos e/ou biológicos e os fatores de risco decorrentes da organização do trabalho potencialmente causadores das doenças.
BULLYINGS
Dentre as consequências desta violência, pode-se destacar a depressão, o estresse, a ansiedade, dores em diversas partes do corpo, aumento do consumo de álcool, abuso de drogas, perda de autoestima e problemas de relacionamento. Para muitos, o que pode parecer uma brincadeira inocente, estes atos podem deixar sequelas por toda vida, desta forma se faz importante comunicar aos pais de um amigo ou ao responsável pela escola o que está acontecendo, isto é, que a escola conta com o famoso Bullying. É importante também que os pais analisem o comportamento de seus filhos antes e depois da escola, sendo que se possível, procure conversar com os mesmos, perguntando se existe algo de errado ou até mesmo, procure conversar com amigos próximos ao seu filho para descobrir se eles não sabem de algo.
Caso isso esteje ocorrendo, busque ajuda psicológica, pois podem gerar vários transtornos na mente de quem os sofrem...
sábado, 16 de abril de 2011
O QUE É AUTISMO?
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
ESQUIZOFRENIA
O que é?
Apesar da exata origem não estar concluída, as evidências indicam mais e mais fortemente que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral. A Dra Nancy Andreasen disse: "As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia são um mosaico: a única coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações estruturais. A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores".
A questão sobre a existência de várias esquizofrenias e não apenas uma única doença não é um assunto novo. Primeiro, pela diversidade de manifestações como os sub-tipos paranóide, hebefrênico e catatônico além das formas atípicas, que são conhecidas há décadas. Segundo, por analogia com outras áreas médicas como o câncer. O câncer para o leigo é uma doença que pode atingir diferentes órgãos. Na verdade trata-se de várias doenças com manifestação semelhante. Para cada tipo de câncer há uma causa distinta, um tratamento específico em chances de cura distintas. São, portanto, várias doenças. Na esquizofrenia talvez seja o mesmo e o simples fato de tratá-la como uma doença só que atrapalha sua compreensão. Poucos sabemos sobre essa doença. O máximo que conseguimos foi obter controle dos sintomas com os antipsicóticos. Nem sua classificação, que é um dos aspectos fundamentais da pesquisa, foi devidamente concluída.
A esquizofrenia pode desenvolver-se gradualmente, tão lentamente que nem o paciente nem as pessoas próximas percebem que algo vai errado: só quando comportamentos abertamente desviantes se manifestam. O período entre a normalidade e a doença deflagrada pode levar meses.
Por outro lado há pacientes que desenvolvem esquizofrenia rapidamente, em questão de poucas semanas ou mesmo de dias. A pessoa muda seu comportamento e entra no mundo esquizofrênico, o que geralmente alarma e assusta muito os parentes.
Não há uma regra fixa quanto ao modo de início: tanto pode começar repentinamente e eclodir numa crise exuberante, como começar lentamente sem apresentar mudanças extraordinárias, e somente depois de anos surgir uma crise característica.
Geralmente a esquizofrenia começa durante a adolescência ou quando adulto jovem. Os sintomas aparecem gradualmente ao longo de meses e a família e os amigos que mantêm contato freqüente podem não notar nada. É mais comum que uma pessoa com contato espaçado por meses perceba melhor a esquizofrenia desenvolvendo-se. Geralmente os primeiros sintomas são a dificuldade de concentração, prejudicando o rendimento nos estudos; estados de tensão de origem desconhecida mesmo pela própria pessoa e insônia e desinteresse pelas atividades sociais com conseqüente isolamento. A partir de certo momento, mesmo antes da esquizofrenia ter deflagrado, as pessoas próximas se dão conta de que algo errado está acontecendo. Nos dias de hoje os pais pensarão que se trata de drogas, os amigos podem achar que são dúvidas quanto à sexualidade, outros julgarão ser dúvidas existenciais próprias da idade. Psicoterapia contra a vontade do próprio será indicada e muitas vezes realizada sem nenhum melhora para o paciente. A permanência da dificuldade de concentração levará à interrupção dos estudos e perda do trabalho. Aqueles que não sabem o que está acontecendo, começam a cobrar e até hostilizar o paciente que por sua vez não entende o que está se passando, sofrendo pela doença incipiente e pelas injustiças impostas pela família. É comum nessas fases o desleixo com a aparência ou mudanças no visual em relação ao modo de ser, como a realização de tatuagens, piercing, cortes de cabelo, indumentárias estranhas e descuido com a higiene pessoal. Desde o surgimento dos hippies e dos punks essas formas estranhas de se apresentar, deixaram de ser tão estranhas, passando mesmo a se confundirem com elas. O que contribui ainda mais para o falso julgamento de que o filho é apenas um "rebelde" ou um "desviante social".
Muitas vezes não há uma fronteira clara entre a fase inicial com comportamento anormal e a esquizofrenia propriamente dita. A família pode considerar o comportamento como tendo passado dos limites, mas os mecanismos de defesa dos pais os impede muitas vezes de verem que o que está acontecendo; não é culpa ou escolha do filho, é uma doença mental, fato muito mais grave.
A fase inicial pode durar meses enquanto a família espera por uma recuperação do comportamento. Enquanto o tempo passa os sintomas se aprofundam, o paciente apresenta uma conversa estranha, irreal, passa a ter experiências diferentes e não usuais o que leva as pessoas próximas a julgarem ainda mais que o paciente está fazendo uso de drogas ilícitas. É possível que o paciente já esteja tendo sintomas psicóticos durante algum tempo antes de ser levado a um médico.
Quando um fato grave acontece não há mais meios de se negar que algo muito errado está acontecendo, seja por uma atitude fisicamente agressiva, seja por tentativa de suicídio, seja por manifestar seus sintomas claramente ao afirmar que é Jesus Cristo ou que está recebendo mensagens do além e falando com os mortos. Nesse ponto a psicose está clara, o diagnóstico de psicose é inevitável. Nessa fase os pais deixam de sentir raiva do filho e passam a se culpar, achando que se tivessem agido antes nada disso estaria acontecendo, o que não é verdade. Infelizmente o tratamento precoce não previne a esquizofrenia, que é uma doença inexorável. As medicações controlam parcialmente os sintomas: não normalizam o paciente. Quando isso acontece é por remissão espontânea da doença e por nenhum outro motivo.
Como reconhecer a esquizofrenia ainda no começo?
Dificuldade para dormir, alternância do dia pela noite, ficar andando pela casa a noite, ou mais raramente dormir demais.
O Diagnóstico
O que causa?
Quando um filho tem Esquizofrenia
A esquizofrenia é uma doença incapacitante e crônica, que ceifa a juventude e impede o desenvolvimento natural. Geralmente se inicia no fim da adolescência ou no começo da idade adulta de forma lenta e gradual. O período de conflitos naturais da adolescência e a lentidão de seu início confundem as pessoas que estão próximas. Os sintomas podem ser confundidos com "crises existenciais", "revoltas contra o sistema", "alienação egoísta", uso de drogas, etc.
Sintomas Positivos e Negativos
Positivos
A título de reumanização do tratamento dos esquizofrênicos, pretende-se fechar os hospitais psiquiátricos alocando-os para outros serviços que não incluem atendimento às necessidades dos parentes dos esquizofrênicos. Como está, esse projeto não apenas piorará a situação do paciente, como também de sua família. Os problemas que geralmente ocorrem na família dos esquizofrênicos são os seguintes:
Capacidade de sentir e expressar emoções (alegria, excitação, tristeza, desespero, etc.)
Não há unanimidade quanto a esses sintomas, sempre haverá quem conteste a afirmação de que indicam bom prognóstico. Sintomas catatônicos (imobilidade ou excitação excessiva) e confusão mental apesar de aparentarem maior gravidade podem se resolver mais rapidamente deixando a pessoa sem problemas.
Um sinal importante de boa recuperação é a idade de início, quanto mais tarde mais chances de recuperação. A idade comum de início da esquizofrenia é o fim da adolescência e início da idade adulta podendo começar até aproximadamente 45 anos. Casos raros se dão após essa idade ou na infância.
As pessoas que sofreram traumatismos cranianos no nascimento ou ao longo da vida, assim como aquelas que sofreram infecções encefálicas.
Conselho aos pais